O Ministério da Educação (MED) revelou, na passada sexta-feira, em conferência de imprensa realizada em Luanda, os finalistas da edição especial de 2025 do Prémio Nacional de Alfabetização, cujo vencedor irá receber cinco milhões de kwanzas. Este ano, o galardão assume um carácter comemorativo, integrado nas celebrações dos 50 anos da Independência Nacional e decorre sob o lema “Valorizar as conquistas e construir parcerias para um futuro sem analfabetismo”.

 

A organização recebeu 83 candidaturas provenientes de 15 províncias do país; destas, 27 foram validadas e 22 avançaram para a fase final. O vencedor será anunciado a 22 de Novembro, data dedicada ao educador angolano, durante uma Gala de Outorga que, segundo o presidente do Júri, João Bernardo, constituirá um momento de celebração, partilha e reconhecimento do trabalho realizado por educadores, alfabetizadores, comunidades e instituições empenhadas na promoção da alfabetização.

Esta edição especial homenageia o primeiro Presidente da República, António Agostinho Neto, destacando o seu legado em prol da alfabetização enquanto instrumento de libertação, dignidade e justiça social. Paralelamente, o Júri sublinhou que a iniciativa contribui para o cumprimento das metas do Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027 e da Agenda Angola 2050.

Criado em 2001, o Prémio Nacional de Alfabetização comemora 24 anos, valorizando anualmente projectos e práticas inovadoras de indivíduos, instituições e comunidades dedicadas ao combate ao analfabetismo e à promoção do alfabetismo em Angola.

Nesta edição, o concurso está organizado em quatro categorias: categoria principal; Melhor Projecto de Responsabilidade Social na Alfabetização; Instituição Livre do Analfabetismo; e Município Comprometido com o Combate ao Analfabetismo. Entre os 22 finalistas constam nove administrações municipais — Bibala (Namibe), Cabinda, Cacuso (Malanje), Catete (Icolo e Bengo), Ecunha, Malanje, Moçâmedes (Namibe), Tômbua e Uíge — além de instituições, projectos comunitários e iniciativas empresariais como ADPP, Brigada Hoji Ya Henda, Fundação Arte e Cultura, Biocon, Carmon Reestrutura, CGGC, Instituto Superior Okutanga, Sogester, entre outros.

O prémio envolve um investimento total de 10 milhões de kwanzas, financiados por uma empresa que preferiu manter o anonimato. O primeiro classificado receberá cinco milhões de kwanzas, enquanto o segundo e o terceiro lugares receberão três milhões e dois milhões de kwanzas, respectivamente. Para a selecção dos finalistas, o Júri avaliou factores como impacto qualitativo e quantitativo, benefícios para a comunidade, inovação na implementação das iniciativas e a sua sustentabilidade e replicabilidade noutras realidades.

As candidaturas estiveram abertas entre 31 de Julho e 31 de Agosto, antecedidas por uma campanha de divulgação iniciada em Novembro do ano passado. O grande vencedor será conhecido no dia 22 de Novembro.