A petrolífera Shell regressa a Angola, vinte anos depois de ter reduzido a sua actividade no país, com um novo acordo que prevê um investimento inicial de cerca de US$ 993 milhões para a prospecção e desenvolvimento de 17 blocos em águas ultraprofundas.
O acordo foi assinado esta segunda-feira com a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), e inclui blocos como os 19, 34 e 35, além de mais 14 concessões adicionais.
Segundo o presidente do conselho da ANPG, Paulino Jerónimo, citado pelo Jornal Económico, a presença renovada da Shell “em grande estilo” está alinhada com o esforço de Angola para manter a produção acima de um milhão de barris por dia e prolongar a vida produtiva dos seus campos petrolíferos.
Este regresso estratégico da Shell ocorre num contexto de reforço da apetência internacional por Angola enquanto destino de investimento petrolífero, com o país a licitar blocos em águas profundas e ultraprofundas para contrariar o declínio natural da produção.

